O ensino superior é composto por diversos cursos que possuem grande variedade de alunos. Segundo o relatório Education at Glance 2019, as mulheres brasileiras têm 34% mais probabilidade de se formar no ensino superior do que os homens. O levantamento, divulgado pela BBC News Brasil, é uma espécie de raio-X da educação divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).


O relatório traça um panorama da educação nos 36 países que fazem parte da OCDE e em outros dez, incluindo o Brasil. Esta edição da pesquisa foca, sobretudo, na educação superior. Os dados apontam que, enquanto 18% dos homens brasileiros, de 25 a 34 anos, têm ensino superior, a porcentagem sobe para 25% entre as mulheres da mesma faixa etária.


A pesquisa aponta ainda que, na última década, o número de brasileiros de 25 a 34 anos com título superior subiu de 11% para 21%. Outro levantamento importante é o Censo da Educação Superior (2021). O estudo, publicado pelo Ministério da Educação (MEC), mostra que, entre os estudantes matriculados no ensino superior, as mulheres predominam, correspondendo a 58,1% do total de alunos. Nos cursos de licenciatura, a porcentagem passa a ser 72,5% das matrículas.


Com relação ao número de concluintes, as mulheres correspondem a 61%, sendo a maioria em oito das dez áreas gerais de cursos. As três áreas em que há maior prevalência de mulheres entre os que concluíram os cursos estão Educação (77,9%), Saúde e bem-estar (73,3%), e Ciências sociais, comunicação e informação (72%).


Já os dados da Capes, órgão vinculado ao MEC, referentes ao ano de 2021, mostram que 54% dos estudantes que estão na pós-graduação são mulheres. Além disso, elas representam 58% do total de bolsistas stricto sensu da Capes.